sábado, 29 de setembro de 2007

A Família Reiley




Existia uma menina chamada, bem não importa muito o seu nome, não agora, pelo menos. Ela acreditava não viver, simplesmente matava o tempo. Por muito tempo, a vida toda, esperou por alguma coisa que fosse mudar a sua vida, mas perdera a fé nisso. Na verdade, ela não acreditava em nada, ninguém, especialmente nela mesma. Já se fora o tempo em que era uma criança naive, cujos sonhos e expectativas de amor e sorrisos eram incontáveis. Mas os anos vividos sob a sombra de uma meia-irmã mais nova e perfeita, jogada às margens da família, provaram que tais esperanças eram um perda de tempo, estava apenas a fazer-se de tola. Sua vida se esvaiu em vazio, tornou-se cheia de amarguras e fraca de espírito.


Ela estava deitada na grama seca, observando as nuvens se aglomerando no céu metamórfico, de um azul celestial para um cinza chumbo e denso. Eis que colidem, e uma chuva pesada e gélida, de gotas cortantes começou a desabar. "Maravilha!" pensou. A torrente ficou mais intensa e ela decidiu-se por voltar para casa, de volta para sua madrasta, meia-irmã e pai imbecil. Em cinco minutos estava ensopada.


-Joan! Você está atrasada! Onde você esteve?Olhe só para voce, seu estado! -disse uma mulher de quarenta e cinco anos, cheeinha, completamente antiquada, vestindo um tailleur sóbrio e marrom, cujos cabelos eram curtos de um indefinido tom entre castanho e ruivo, cobertos de laquê barato. -Não ouse entrar assim na casa! Toda suja de lama, pelo amor de Deus! Desse jeito vai deixar minha sala de visitas imunda!


-Oi para voce tambem, "mamae" -disse ela em um tom sarcastico.


-Nao use esse tom comigo! -ela borbulhava por dentro, evidenciada por sua cara grande e gorda ter mudado do branco para um vermelho vivo. -Eu nao sou sua "mamae", louvado seja Deus! agora vá, suba já para o banho, voce necessita de um. O jantar estará pronto em cinco minutos, e voce, pelo que vejo, esqueceu de cozinhá-lo, obrigando-me a fazê-lo. Última vez, está ouvindo?Todos nós temos obrigaçoes e deveres nesta casa: sua irma estuda, ela tem cerebro, é inteligente, seu pai e eu trabalhamos, e já que voce é completamente inutil para o mundo exterior, voce é a encarregada da casa, apesar de ser completamente desastrada e sem habilidade alguma.


"Ah, cala boca, sua infeliz" disse Joan em seus pensamentos. De fato, ela não tinha nada de especial; era apenas uma menina magricela e ossuda de tez pálida; nada de bochechas rosadas ou cachos loiros. Ao contrário, eu cabelo era preto como asfalto e cortado em um estilo channel desastroso. Quase não tinha seios, tampouco quadris e sua cintura era reta como uma tpábua. Sequere seu rosto podia salvá-la, era comprido e fino, nariz adunco e anguloso, com um queixo proeminente. Tinha olhos verdes pesarosos e opacos, que repousavam bem fundo em seu rosto, circundados por olheiras perenes. Contava 22 anos desde seu primeiro choro ao sair do útero de sua mãe. Terminara a escola aos 16 anos, não era inteligente o suficiente para chegar à universidade, não que alguém a estimulasse mesmo. Sua mãe, como escutara toda sua vida e a tornara motivo de chacota e rechasso durante cada maldito dia de sua vida, era "uma puta do porto, uma viciada", que abandonara seu pai antes do seu quarto aniversário. Sendo assim, seu pobre pai ("o bom homem merece coisa melhor", todos diziam), casou-se com Veronica, que lhe deu um lar estável e uma bela filha de grande inteligência e beleza. Um ano após o término da escola, conheceu um universitário de Edimburgo, que a engravidou a abandonou assim que soube do incidente infeliz. Mas não se desesperou, fez um aborto e continuou a viver como antes. Sua vida era deveras um inferno vivo, seus únicos momentos de paz de espírito eram aqueles que passava sob a copa do carvalho, na colina, bebendo cerveja e fumando um baseado. Com exceção desse instantes quietos, ela viva no fundo do desespero.

Subiu para o banheiro, e preparou um banho quente, despiu-se e deixou-se afundar nas águas mornas daquela banheira vitoriana. Seus pensamentos caminhavam livres diante de seus olhos, era como se todo o quarto estivesse tomado por eles. Depois de um tempo, tudo tornou-se silencioso e tranqüilo.

O jantar para os Reiley seguiu normalmente. Na verdade, melhor do que o usual, de certo modo. O sr. e sra. Reiley conversavam sobre seus insignificantes e enfadonhos trabalhos no escritório, enquanto Clarice Reiley queixava-se do quão opcupada e exausta a escola a fazia. Simplesmente um dia na vida, uma vida chata e em preto e branco. Qualquer coisa, menos extraordinária.

No dia seguinte, Clarice estava, estranhamente, atrasada para escola. Precisava tomar uma banho, e eis que não foi a sua surpresa em encontrá-lo trancado."Mãe! O banheiro 'tá trancado, venha logo com a chave, senão vou chegar atrasada!"."Já vou, meu benzinho", disse Veronica com sua voz azeda açucarada. Ao abrir a porta, Clarice ficou muda, estarrecida, por alguns instantes. Depois, epentinamente começou a berrar, berrar, berrar. Seu pai e sua mãe foram correndo ao seu encontro. Assim como ela, ficaram chocados.
O banheiro stava uma fedentina insuportável, o ar estava intragável, inrespirável, a visão também era perturbadora: a jovem Joan, num apogeu de tédio, frustração e desespero, cortara os pulsos e os vazos da virilha e pescoço durante o banho. Boiava, com o corpo magro e já cinza, os olhos com o mesmo ar opaco, na banheira cheia de um misto de água, sangue e sais de banho.
Pobrezinha...bem, pelo menos os Reiley não tinham mais se patinho feio para causar-lhes vergonha. No fim das contas nao foi uma grande perda.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

ah, o amor

era uma sexta. sempre penso isso às sextas, ou aos sábados. nunca outro dia. por que disso, não sei. deve ser por saber que mais uma semana se foi, e não muita coisa se alterou. reflexoes de coisas desconhecidas e universais. pois bem: divago em conjecturas internas que gritam de dentro de mim...penso em tanta coisa, o que falta, o que tem de excesso, o que existe e nao existe, e chego à conclusao de que a mais magna das coisas, que sobrepoe tudo, é o amor, e ai, chego a uma definiçao para a mais abstrata das coisas, a mais tida como cliche das coisas, a mais vista como kitsch no mundo pós-moderno, no qual o amor é só mais uma condiçao intangivel, inatingivel e dos filmes agua com açucar. pois entao, à definiçao: o amor, ah, o amor, é o pensado preenchimento do eterno vazio que nos ocupa a alma, a vida, um vazio que é deveras extenso e impreenchivel, nao acaba, nao fica cheio. mas o amor é capaz de ocupar por momento eessa cova interna e visceral do estado humano (ser humano é mais um estado do que ser, afinal, o que se é se é toda vida, está a acompanhar?nào somos eternamente nada e tudo, pois deixamos de estar aqui, entao nao somos seres humanos, e sim estados humanos), pois as lembranças de tais momentos de plenitude e compleitude tao repletas de vastidao, sao o que nos fazem deixar de nos ocupar com a mesura do diametro de nosso precipicio. caso amor nao existisse, seria intoleravel viver, existir nesse mundo; seria conviver diariamente com o vazio, uma angustia de estar rodeado de cinco mil pessoas, cousas, e ainda assim, encontrar-se completamente abandonado a si mesmo. seria uma vida sofrivel, amarga, e consciente da dor de estar-se só consigo mesmo, uma solidão que é das mais horríveis, pois dela nao se pode escapar, afinal, apossou-se do corpo e configurou-se no espirito humanos. a forma que o amor assume, nao importa muito, pois é infinitivamente pessoal, cada buraco é um buraco, e cada buraco necessita de um proprio teor de memórias de momentos em que nao eram tao fundos e tristes, um amor distinto; uns buracos contentam-se com um olhar doce e puro, outros em carícias incandescentes, outros com palavras e palavras e juras.
hoje, o que mais creio que o amor seja, é isso: um momento em que por uns instantes eu esqueça dessa cratera que se aloja no peito e na cabeça (que me fazem sentir e pensar por demais, em tudo e qualquer coisa), mas nao um esquecimento escapista, e sim, um alívio para inquietude de meu buraco negro. e como se encontra isso, nao sei. mas há de ser antes da grande supernova. aliás, é assim qu tudo termina: um momento incendiário, brilho intenso, e se apaga. mas a energia que isso dispersa, permanece por mais um tempo.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Cora I

um gostinho do 1 capitulo (rascunho) de "ás 5 e meia" (título super provisorio)


Ela acordou ás 5:30 da manhã, mas não se levantou. Ficou deitada na cama, atônita, quieta, olhando para o teto, com sua velha enxaqueca crônica, acentuada pela noite curta e desvairada, olhos entreabertos. Observou todo o quarto na penumbra, fétido, sujo, desmazelado, e os indesejáveis raios de luz de um novo dia, desagradável desde o início.
E desse jeito ficou, enquanto a luz continuava a se intensificar, penetrando as cortinas empoeiradas, formando as sombras distorcidas das garrafas de cerveja e cinzeiros nas paredes infiltradas. Checa o relógio, que catou embaixo da cama, outra vez: 6:15 da manhã. Levanta-se finalmente, e sente uma câimbra atrás dos joelhos, fica ligeiramente tonta e pensa: “merda!”. Vê então na vertical, a desordem instalada em seu cubículo: as botas estilleto cor de vinho arremessadas de qualquer jeito perto do puf coberto de roupas e outras coisas, os jeans 518 surrados e discretamente sujos espalhados pelo chão, o sutien cobrindo o pequeno abajur em cima do criado mudo de três gavetas.
Vestida apenas com uma calcinha bege e uma regata preta justa, parcialmente translúcida, abre as cortinas e a janela para deixar entrar um ar novo naquele junkie-flat. Acende um cigarro, o ultimo de sua carteira camel, e fica a observar os carros que vagarosamente começam a transitar pela avenida.
Abre seu armário e olha-se no espelho, vê aquele espectro, um esqueleto pálido, ossudo, um rosto esquálido com olhos foscos e olheiras roxas e profundas, e os longos e desgrenhados cabelos negros desorganizadamente emoldurando os contornos de sua face. O reflexo de uma existência surtada e distraída, centrada na perdição autodestrutiva.
Escolhe então uma roupa para aquele cinzento e fresco dia de outono: uma calça jeans com um cinto preto de ilhós, uma blusa branca com um colete justo de lã xadrez por cima, um casaco negro de cinco botões grandes e envernizados de comprimento médio, até os joelhos. Abre a gaveta dos sapatos e escolhe um all star preto, cujas partes brancas já haviam se tornado amareladas. Joga o outfit na cama desarrumada, os lençóis púrpura amassados, os enormes travesseiros espalhados entre cama e chão.
Abre a porta do quarto, fechando-a logo atrás de si, e nela pode-se ler, escrito do topo até o rodapé: “Good girls and boys go to heaven. Bad girls and boys go into my room”. Transita ainda cambaleante em plena ressaca até a sala dividida por um balcão, cujo outro lado compõe uma pequena cozinha, com um fogão elétrico de duas bocas, um microondas, uma geladeira entupida de garrafas e latas de Heineken e restos de comida chinesa “china in Box” e chicken tika-massala já em decomposição. Tira de um pote de porcelana verde berrante o pó de café e coloca-o na cafeteira walita preta, juntamente com a água, e continua a vagar pela pequena sala, repleta de pufes pretos e brancos, rodeando uma mesa circular de vidro, os bancos altos de inox com suas perna finas próximas ao balcão, que tem acima um armário que assume orgulhosamente a posição de bar, ocupando o hot spot da casa: incontáveis garrafas de uísque, vinho, vodka, bacardi, campari, dentre outras.
Entra no banheiro paralelo a seu quarto, de azulejos azuis claros ligeiramente partidos nas extremidades superiores, caminha até a pia, postando-se sobre ela e encarando se reflexo apático e degradado no espelho do armário. Abre a torneira, bebe um gole d’água, lava o rosto, boceja e sente-se então enjoada: “Mais um dia pós-bebedeira. Agradável” pensa sarcasticamente. Dirige-se então para a latrina, abre o tampo e repete a ação já habitual: o vômito de um estômago vazio e alcoolizado, aquela bile amarela com seu odor forte.
Feito o serviço sujo, se despe e entra numa ducha extremamente gelada, lavando os cabelos impregnados de nicotina, alcatrão, suor e sabe-se mais p quê. Envolve-se, batendo o queixo, no seu felpudo roupa de estampa de pele de tigre, presente de um amigo de senso de humor ridículo e péssimo gosto; era essa pelo menos a sua explicação para uma coisa tão horrível ter-lhe sido dada, “Dane-se, é útil pelo menos”. Vai até a pia escovar os dentes e sente seu hálito de álcool misturado com seu golfo. Penteia a cabeleira e a seca, jogando a franja picotada a navalha na frente do rosto, encobrindo parcialmente os olhos obtusos de cor indefinida.
Volta para o quarto, ainda enfiada no roupão, abre a gaveta de lingerie e tira uma calcinha e um sutien pretos. Veste-se e olha o relógio prateado e preto, com os ponteiros marcando 7:20; “Puta que pariu! Atrasada...de novo! Ah, foda-se”. A essa altura a cafeteira já borbulhava, ela sai então correndo do quarto, pega seu mug de porcelana preta com letras vermelhas que dizem “a cup of coffee after a shag” com capacidade para 450 ml. Entorna em grandes e poucos goles a fervente porção de cafeína matinal, a primeira “ina” do dia. Sai então, apanhando a grande bolsa preta adidas e bate estrondosamente a porta.
Anda apressadamente pelo corredor, vasculhando pela bolsa os cigarros, o dinheiro para o metrô e seu i-pod. Pára então em frente ao elevador e dá de cara com dona Clarissa Boltov, uma imigrante russa de uns sessenta anos, que mora em um dos cinco apartamentos do oitavo andar do Edifício numero 45 daqueles diversos blocos residenciais “Ah não, a velha, é demais para o mesmo dia, e só estou acordada há duas horas”. Nesse instante acha sue i-pod e aperta play na musica “mile end” do Pulp.
-Bom dia, Cora –disse dona Clarissa com seu sotaque russo carregado, em um tom mesclado de desdém e uma hipócrita doçura.
-‘Dia, senhora Boltov –respondeu Cora friamente. “Será que a velha não viu meus headphones e não percebeu que não quero ser incomodada?”.
-Ouvi a hora que você chegou ontem. Um barulho terrível, sua voz e muitas outras. Por acaso a festa estendeu-se em sua casa? –indagou a velha gorducha, fitando-a com seus gigantes olhos, circulados por pés de galinha, um sorriso leporino que deixava transparecer por sua fina boca, provocando rugas em seus pômulos salientes. Ela era baixinha e tinha longos cabelos grisalhos trançados em coque, que pintava com as mais demodês rinsagens coloridas: azuis, rosas, lilás tec.
-Honestamente, não me lembro sra. Boltov. E não é de sua conta se estendi ou não e...-
-Ora! É claro que é de minha conta! Eu, uma velha, tenho sono leve e preciso de descanso!
-Desculpe-me então –seu celular toca, “ah, só me faltava essa!” –Senhora Boltov o elevador chegou, a senhora vem ou não?-perguntou impaciente.
-Mas é claro que não! Não vê que estou de trajes de dormir e pantufas? Desejava apenas falar-lhe.
-Ah senhora Boltov, sinceramente: vá a merda. – e entrou no elevador, sem poder conter o contentamento de ver o rosto da velha contrair-se em raiva.
Acha então sua carteira de cigarros. Vazia. Irrita-se. Mais essa agora. Checa então o celular: o escritório “Vão ter de esperar, não tem sinal no elevador”. Pára no quinto andar. Checa o relógio: 8:00 em ponto. Entram algumas crianças de uniforme do colégio católico, todas ingênuas e animadas para mais um dia de aula onde conhecimentos pré-prontos e inúteis lhe serão empurrados garganta abaixo, ao lado de sua mãe, uma dona de casa exemplar, vestida comportadamente, de silhueta roliça, cabelos cacheados loiros na altura da clavículas, olhos verdes e pequenos, por volta dos vinte e nove anos. Olha torto para Cora, que a ignora. Mais uma parada. Terceiro andar; relógio 8:03. Entra então uma linda mulher negra, com uma cabeleira black power, lábios grosso, olhos cobertos por um ray ban, usando grandes brincos exóticos, vestida de jeans, casaco bege curto de capuz com peles nas extremidades, uma grande bolsa caramelo a tiracolo e sapatilhas brancas de bico arredondado.
-Hey, hey Cora –disse num sorriso, com sua voz rouca de cantora de soul.
-Hey Zadie. Como tá?
-Acabada!!! Que noite ontem, não? E você como andas?
-Nem me diga, se eu me lembrasse de tudo! –exclama numa risada cansada –Fazer o que agora?
-Ah, realmente! Bem, vou no estúdio gravar umas músicas com o novo baixista –disse dirigindo um olhar malicioso para Cora, que entendeu e pensou: “não é só música o que eles vão fazer” –E depois o velho job. I’m the dear catastrophe waitress. O lugar é fantástico, bonito, mas não consigo mais ouvir “Brownie Zadie traga isso, traga aquilo”. Simplesmente não agüento mais. Mas é essa a vida de artista em Londres antes de dar certo.E você?
-Trabalho. A redação me espera para uma reunião, ver umas criticas, e depois ainda tenho meu outro emprego, na agencia de publicidade, estamos assumindo uma campanha para a nova fragrância da Lacoste, minha primeira participação em um contrato expressivo. Haja criatividade. Ai, minha cabeça.
-A minha também. Martelando.
Enquanto isso, a exemplar mãe olha incrédula para aquelas duas mulheres, e uma parte dela as repudia por suas vidas desregradas e selvagens, e a outra as inveja por sua aparente independência e desapego dos padrões comportamentais.
O elevador chega ao térreo. 8:05. “Finalmente”.
-Até mais Zadie. Nos encontramos mais tarde no seu trabalho para a primeira pint da noite?
-Eu te ligo mais tarde Cora! Vamos ver como as coisas vão desenvolver no estúdio. Até mais!
-Hum...Ok –diz cora piscando para Zadie.
Fecha-se então de novo em introspecção e veste sua mascara de mau-humor. Seu sorriso não é para qualquer um. Pega então sue celular preto, ultra-slim, e liga para a redação:
-Cora Birmigham! Onde você está? –pergunta impaciente uma voz masculina grave, jovem e sexy.
“Ah, se não fosse tão chato. Mas calado deve dar para o gasto”.